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Itália: após barrar imigrantes e impedir registro de filhos de casais gays, Meloni corta ajudas sociais

Itália: após barrar imigrantes e impedir registro de filhos de casais gays, Meloni corta ajudas sociais

Em questão de semanas, Georgia Meloni, premiê italiana do partido pós-fascista Fratelli d’Italia, introduziu leis para reduzir a chegada de imigrantes no país, se comprometeu em defender valores conservadores - inclusive impedindo que as prefeituras registrem filhos de casais do mesmo sexo, e agora anunciou cortes na área social.


No dia primeiro de maio, o governo italiano eliminou a “renda de cidadania”, ajuda que beneficiava milhões de pessoas pobres, e a substituiu por um "cheque de inclusão" mais limitado, decisão descrita como "provocação" pela oposição e por sindicatos.


O Executivo ultraconservador liderado por Giorgia Meloni também votou para flexibilizar a contratação de empregados com prazo limitado, isentando de contribuições patronais por um ano empresas que contratarem um beneficiário do cheque de inclusão.


De acordo com a premiê, o objetivo é estimular o emprego e incentivar os jovens a encontrarem trabalho na terceira maior economia da zona do euro, onde a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos é quase três vezes maior do que a média nacional. 


Para os defensores da renda de cidadania, a medida é um amortecedor social que provou seu valor nas regiões do sul do país atingidas pela precariedade, enquanto, para o governo, a medida é cara e mantém seus beneficiários fora do mercado de trabalho.


Enquanto a renda de cidadania era destinada a qualquer pessoa com renda muito baixa (incluindo jovens) o cheque de inclusão será reservado para famílias de pessoas com deficiência, menores de idade ou pessoas com mais de 60 anos.


De acordo com o Instituto Italiano de Estatística, a renda de cidadania, introduzida em 2019 pelo governo de Giuseppe Conte, tirou um milhão de pessoas da pobreza, embora cerca de metade dos pobres não a receba, seja porque não são elegíveis, ou porque não a solicitaram.

Em 2022, esta renda beneficiou 1,6 milhão de famílias, o que representa quase 4 milhões de pessoas, principalmente no sul do país, com um benefício médio de €550, de acordo com a agência de seguridade social INPS.


Seis meses depois de chegar ao poder como chefe do governo mais direitista da Itália do pós-guerra, Giorgia Meloni tem sido firme na frente doméstica, ao mesmo tempo em que toma cuidado para não incomodar Bruxelas e seus vizinhos europeus.


A vitória de seu partido pós-fascista Fratelli d'Italia nas eleições parlamentares de setembro causou um choque na União Europeia.


Meloni assumiu o cargo em 23 de outubro, no comando de uma coalizão que inclui a Liga antimigrante do líder populista Matteo Salvini e o partido conservador Forza Italia, de Silvio Berlusconi, que está em declínio.


Na frente econômica, no entanto, Meloni tem sido muito ortodoxa, prometendo reduzir a enorme dívida pública e o déficit, gastando bilhões para ajudar os italianos a lidar com a inflação crescente e planejando cortes de impostos.


A autodenominada "mãe cristã" também atenuou sua retórica mais divisiva e procurou projetar uma imagem de estabilidade no cenário internacional, apoiando fortemente a Ucrânia diante da invasão russa. Os políticos dizem que, embora ela tenha defendido posições extremistas para chegar ao poder, ela precisa ampliar seu apoio, se quiser perdurar.


Até o momento, a popularidade de Meloni não diminuiu, pelo contrário: de acordo com a última pesquisa do instituto YouTrend, a Fratelli d'Italia tem 28,6% das intenções de voto, em comparação com 26% nas eleições de setembro.

No cenário político nacional, a coalizão implementou rapidamente suas promessas eleitorais. Um primeiro decreto sobre migrantes dificultou as atividades das ONGs que organizam operações de resgate no Mediterrâneo, e Meloni agora quer eliminar uma condição de proteção especial para migrantes sem status de refugiado. Medidas que, para seus oponentes, poderiam causar mortes e privar as pessoas vulneráveis de seus direitos básicos.


Cerca de 35 mil pessoas chegaram à Itália desde o início do ano, quatro vezes mais do que em 2021 e 2022 no mesmo período. O ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, cunhado de Meloni, causou furor quando alertou sobre a "substituição étnica" dos italianos por migrantes.


Outro dos cavalos de batalha de Giorgia Meloni é a luta contra "o lobby LGBT". A coalizão já proibiu as prefeituras de registrar os filhos de casais do mesmo sexo na ausência de regulamentações nacionais.


Essa decisão deixou milhares de famílias em um limbo jurídico, o que causou grande consternação entre os parlamentares europeus que temem novos ataques à comunidade LGBT+ na Itália.

Podemos perceber que a ajuda de governo que subsidia pessoas desempregadas e jovens está se tornando cada vez mais restrita, portanto, se você pretende buscar sua Cidadania Italiana e investir em uma vida melhor na Itália, esse é o momento! 


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[ Fonte: Opera Mundi ]

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