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Conclave no Vaticano: segundo dia sem consenso para a escolha do novo papa

Conclave no Vaticano: segundo dia sem consenso para a escolha do novo papa

O conclave que busca eleger o sucessor do papa Francisco entrou em seu segundo dia de votações sem que houvesse um consenso entre os cardeais. A expectativa era alta, com os fiéis acompanhando atentos à fumaça que subia da chaminé da Capela Sistina, mas, mais uma vez, a fumaça preta indicou que nenhum dos candidatos atingiu os dois terços dos votos necessários para ser eleito o novo papa.

O que aconteceu durante as votações?

Nesta manhã, os cardeais realizaram dois turnos de votação, mas não conseguiram alcançar o número de votos necessários para eleger o novo líder da Igreja Católica. Cada um dos 133 cardeais deve votar em um dos candidatos, mas para que a eleição seja validada, é necessário que um cardeal receba pelo menos 89 votos, ou seja, dois terços do total de votos. Quando a fumaça preta aparece, é sinal de que ainda não houve consenso.

O processo de escolha do papa é sempre repleto de tensão e expectativas, e este conclave não é diferente. O Vaticano se encheu de fervor religioso, com milhares de fiéis aguardando em silêncio enquanto o Vaticano revela os resultados das votações por meio da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina.

A sinalização de fumaça: como funciona?

Um dos aspectos mais simbólicos do conclave é a tradicional emissão de fumaça da chaminé da Capela Sistina, um ritual que, por décadas, gerou bastante curiosidade sobre sua composição e técnica. As cores da fumaça transmitem ao mundo se a eleição foi concluída ou não:

  • Fumaça preta: A fumaça escura indica que o conclave não chegou a um resultado final. Neste caso, os cardeais não conseguiram atingir o quórum de dois terços. A fumaça preta é gerada por uma mistura de perclorato de potássio, antraceno e enxofre, que criam uma nuvem escura e espessa visível aos olhos de todos.
  • Fumaça branca: Quando a fumaça é branca, ela sinaliza que um novo papa foi escolhido. A fumaça branca é produzida por uma mistura que inclui clorato de potássio, açúcar de leite e breu de pinho, resultando em uma fumaça clara e visível a uma grande distância.

Essa sinalização, que já acontece desde o século XIX, tem como objetivo manter o mundo informado durante todo o processo de escolha, que é cercado de grande expectativa religiosa e política.

O que acontece a seguir?

Se os cardeais não chegarem a um acordo até o quarto dia de votação, será feita uma pausa para oração e diálogo entre os eleitores, com o processo sendo retomado no sexto dia. Se o impasse continuar, a votação pode seguir até o 12º dia. Quando isso ocorre, as regras mudam: após o 34º turno, os dois cardeais mais votados são os únicos com chance de ser eleitos, mas o quórum de dois terços continua valendo.

Esse processo de escolha pode ser demorado e é repleto de momentos de tensão, mas também de muita oração, enquanto o Vaticano espera por um novo líder que guiará a Igreja Católica nos próximos anos. Até lá, os fiéis ao redor do mundo continuam acompanhando com fervor o desenrolar dessa grande escolha.