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Cidadania italiana segue firme: o que 2024 revelou sobre o futuro da vida na Itália?

Cidadania italiana segue firme: o que 2024 revelou sobre o futuro da vida na Itália?

Nos últimos anos, o número de brasileiros com cidadania italiana reconhecida vem crescendo em ritmo acelerado, e 2024 foi um marco. A forte presença de descendentes no Brasil, somada à segurança jurídica do processo, fez com que milhares de famílias iniciassem sua jornada rumo ao passaporte italiano.

A origem do crescimento: laços com o passado

O fenômeno tem explicação histórica. O Brasil abriga a maior comunidade de descendentes de italianos fora da Itália. São milhões de brasileiros com direito à cidadania por ius sanguinis, ou seja, o reconhecimento da nacionalidade italiana com base no vínculo de sangue.

Esse direito independe de local de nascimento, idioma ou grau de contato cultural com a Itália. E é justamente essa abertura jurídica que tem levado tantas famílias a iniciar processos de reconhecimento.

Judicialização: o novo caminho dominante

Com a extinção dos modelos consular e administrativo, o reconhecimento da cidadania passou a ocorrer exclusivamente por via judicial. Mesmo antes das mudanças legislativas de 2025, esse modelo já vinha sendo adotado como a principal via para garantir o direito de forma segura e definitiva.

A justiça italiana, por sua vez, segue deferindo os pedidos com base em precedentes sólidos. Tribunais como o de Roma, Veneza e Nápoles já têm audiências agendadas até 2028.

A via judicial: segura, acessível e definitiva

A via judicial se tornou a única forma legal e efetiva de conquistar a cidadania italiana por descendência. Esse caminho é acessível para bisnetos, trinetos e até gerações mais distantes, desde que bem fundamentado juridicamente. O processo ocorre com representação direta na Itália, sem a necessidade de o requerente viajar ou morar no país. É exatamente esse o serviço que oferecemos: uma estrutura completa que garante segurança contratual, previsibilidade e acompanhamento jurídico especializado até o reconhecimento final.

O impacto do novo decreto

Em 2025, o Decreto-Lei 36 entrou em vigor com o objetivo de restringir o reconhecimento automático da cidadania italiana a filhos e netos diretos. A medida gerou forte reação por parte de juristas, associações e descendentes, que apontam a inconstitucionalidade do texto. Mesmo assim, a nova legislação acendeu um alerta e impulsionou ainda mais a busca por reconhecimento nos tribunais.

Com milhares de ações ainda sendo protocoladas e decisões favoráveis sendo emitidas com base no direito originário, especialistas consideram que o momento atual representa uma janela de oportunidade para quem ainda deseja conquistar a cidadania.

O que isso significa para os descendentes?

Apesar das mudanças, a oportunidade permanece viva para quem tem um ancestral italiano. Na prática, quanto mais distante for o grau de parentesco, maior pode ser o tempo de espera ou a complexidade da documentação. No entanto, o direito continua existindo, e milhares de famílias continuam sendo reconhecidas todos os anos.

Muitos brasileiros estão buscando garantir sua cidadania antes que possíveis alterações futuras endureçam ainda mais as exigências.

Por que agora?

  • Segurança jurídica: a via judicial oferece previsibilidade e base legal sólida
  • Valorização do passaporte italiano: acesso facilitado à União Europeia, mobilidade e vantagens em estudo e trabalho
  • Conexão com as raízes: além dos benefícios legais, há também um forte componente emocional

O futuro da cidadania italiana

Especialistas apontam que o volume de novos reconhecimentos deve se manter alto até, pelo menos, o fim desta década. Os processos em andamento e a resistência jurídica à nova legislação sinalizam que a cidadania italiana por descendência ainda tem um longo caminho pela frente, mesmo com as tentativas de limitação legal.